Debate entre candidatos à prefeitura do Recife tem trocas de acusações e discussões sobre gestão e segurança

  • 01/10/2024
(Foto: Reprodução)
Encontro foi promovido pela TV Jornal na noite desta terça (1º) e reuniu Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB) e Tecio Teles (Novo). Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB) e Tecio Teles (Novo) em debate da TV Jornal Reprodução/TV Jornal O debate entre candidatos à prefeitura do Recife, promovido pela TV Jornal nesta terça-feira (1º), foi marcado por trocas de acusações e questionamentos sobre propostas eleitorais, especialmente em relação à gestão pública e segurança. Também se destacaram no evento críticas ao governo do prefeito João Campos (PSB). 🗳️ Acompanhe a cobertura das eleições em Pernambuco ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE O encontro reuniu apenas cinco dos oito candidatos à prefeitura, que são de partidos que têm representatividade no Congresso: Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB) e Tecio Teles (Novo). Com isso, não foram convidados Ludmila (UP), Simone Fontana (PSTU) e Victor Assis (PCO). Este foi o segundo encontro entre os candidatos nesta campanha eleitoral. No primeiro, realizado pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), o prefeito João Campos (PSB) não compareceu. O debate teve três blocos. Cada candidato teve 30 segundos para fazer perguntas, 1 minuto e 30 segundos para as respostas, 1 minuto para réplica e 1 minuto para tréplica. Confira, abaixo, os principais temas discutidos no debate: Creches e Guarda Municipal O primeiro bloco foi aberto com a apresentação dos cinco candidatos participantes. Em seguida, foi iniciada a rodada de perguntas com temas livres, de candidato para candidato. Os temas que dominaram os embates foram questionamentos sobre creches e o armamento da Guarda Municipal. Gilson Machado foi quem abriu a rodada, e perguntou a João Campos sobre o que chamou de "escândalo das creches", sobre supostas irregularidades em convênios de instituições com a prefeitura. Ele lembrou que teve inserções e parte do guia eleitoral suspensos pela Justiça Eleitoral, após ações impetradas pela campanha do atual prefeito. Em resposta, João Campos chamou de "lamentável" a posição de Gilson Machado e apresentou as ações feitas na educação da cidade, dizendo que o candidato do PL esteve "sempre escolhendo ataques, inclusive a mentira". "O candidato que fez a pergunta foi punido por 313 vezes na Justiça Eleitoral, é a maior punição de todas as capitais brasileiras, fruto do descumprimento de decisões judiciais, utilizando informações falsas para poder enganar as pessoas", disse. Outro embate foi protagonizado por Tecio Teles, que decidiu perguntar a Dani Portela sobre o armamento da Guarda Municipal. A candidata do PSOL pontuou ser contrária à proposta e disse ser "fácil" para os candidatos defenderem o armamento do efetivo, "quando essa arma não está apontada para eles, que são todos homens brancos ricos, vindos de áreas mais abastadas". "Se apresenta como Novo, mas traz o que é mais velho na política. Para a segurança pública temos propostas, sim. Se juntar com o governo Lula e implementar o [Sistema Único de Segurança Pública] Susp, que é o SUS da segurança pública. [...] A gente sabe o que é a dor de uma mãe perder o seu filho para uma violência. Em 2022 e 2023, todas as pessoas mortas nas nossas operações policiais eram pessoas negras", disse Dani Portela. Saneamento e emprego O segundo bloco começou com embate entre Daniel Coelho, que questionou João Campos sobre índices de saneamento. O atual gestor disse que fez investimentos na área e teceu críticas à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), gerenciada pelo governo do estado, e disse que a maior obra de abastecimento já feita foi realizada pelo pai dele, ex-governador Eduardo Campos (PSB). Na réplica, Daniel Coelho lembrou que o partido de João Campos governou o estado e, portanto, a Compesa, por 16 anos, nas gestões de Eduardo Campos, João Lyra e Paulo Câmara. "Quem é que entregou a Compesa quebrada? O governo do estado, governador Paulo Câmara, que tinha como chefe de gabinete João Campos. Entregaram um péssimo serviço de abastecimento, isso está mudando. A comunidade da horta hoje passa a ter água, tem um investimento massivo em água nos morros da Zona Norte. Agora, ninguém vai conseguir consertar o que eles destruíram em duas décadas, de um dia para o outro", disse. Na tréplica, João Campos disse que Daniel Coelho e os demais candidatos "ficam destilando agressões, ódio e rancor" contra ele, que está "trabalhando, dedicando minha vida a cuidar do Recife". Outro embate aconteceu quando João Campos perguntou a Gilson Machado as propostas para a geração de empregos na área de tecnologia. O candidato do PL garantiu que não haverá violência no Recife caso seja eleito. "O bandido aqui em Recife, na nossa gestão, ou ele vai arrumar um emprego, ou ele vai se mudar do Recife, porque o meu secretário de segurança será o general Braga Neto, que acabou com a violência no Rio de Janeiro, acabou com a violência no Timor-Leste pela ONU, e no Haiti. Também é muito fácil vocês verem que esse prefeito que está aqui do meu lado falhou nisso daí, ele transformou o Recife na capital do desemprego", disse Machado. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/eleicoes/2024/noticia/2024/10/01/debate-entre-candidatos-a-prefeitura-do-recife-tem-trocas-de-acusacoes-e-discussoes-sobre-gestao-e-seguranca.ghtml


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